O polimatismo de Mário de Andrade
Nascido em São Paulo, em 9 de outubro de 1893, Mário de Andrade, foi um dos pioneiros do movimento modernista brasileiro. A publicação de "Paulicéia Desvairada" em 1922 marcou e exerceu grande influência na literatura nacional, rompendo fronteiras.
Por mais de 20 anos, Mário permaneceu como principal figura do movimento de vanguarda de São Paulo. Esteve pessoalmente envolvido em praticamente todas as disciplinas relacionadas do modernismo.
Por ser escritor, poeta, crítico literário, músico, musicólogo, folclorista, ensaísta e fotógrafo, foi talvez o maior polímata brasileiro.
Integrante do "Grupo dos Cinco", Mário de Andrade foi a principal força por trás da Semana de Arte Moderna de São Paulo, em 1922.
Em 1928, publicou o seu maior romance: "Macunaíma", que conta a estória de um anti-herói ou "um herói sem nenhum caráter". "Macunaíma" virou filme em 1969, através das câmeras dirigidas por Joaquim Pedro de Andrade, e tendo em seu elenco nomes de destaque, como Dina Sfat, Grande Otelo, Hugo Carvana, Jardel Filho, Joana Fomm, Paulo José, dentre outros.
Em 1935, durante uma era de instabilidade do governo Vargas, organizou, juntamente com o escritor e arqueólogo Paulo Duarte, um Departamento de Cultura para a unificação da cidade de São Paulo (Departamento de Cultura e Recreação da Prefeitura Municipal de São Paulo), onde Andrade se tornou diretor.
Em 1938 Mário de Andrade reuniu uma equipe com o objetivo de catalogar músicas do Norte e Nordeste brasileiros.
Mário de Andrade se declarou como um divulgador da cultura e da arte brasileira. Com a Missão de Pesquisas Folclóricas, em 1938, visitou mais de trinta localidades em seis estados brasileiros à procura de material etnográfico, especialmente na música. A missão foi interrompida, no entanto, quando, em 1938, pouco depois de instaurado o Estado Novo por Getúlio Vargas (do qual era contrário), Mário demitiu-se do departamento.
Mário de Andrade morreu em sua casa, em 25 de fevereiro de 1945, de um infarto do miocárdio, com apenas 51 anos. Devido as suas divergências com o governo Vargas, não houve qualquer ação oficial sobre o seu falecimento por parte do Estado. Somente em 1955, com a publicação de "Poesias Completas", que Mário de Andrade passou a ser tratado por setores de governos como um dos principais valores culturais do Brasil. Em 1960, a Biblioteca Municipal de São Paulo passou a ter o seu nome.
Um dos pioneiros do modernismo brasileiro deixou uma vasta obra para a posteridade.
Em 1993, a Casa da Moeda, passou a emitir a cédula de Cr$ 500.000,00 em sua homenagem, tendo seu rosto e uma obra sua, intitulada "Sombra Minha".
É sempre gratificante ler algo sobre Mário de Andrade. Acabei de ler a biografia dele e, como sempre, me fascinei pela vida e obra do patrono de nossa cultura.
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