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Mostrando postagens de dezembro, 2020

“Maresia do Rock – Recriada parceria de Raul Seixas & Paulo Coelho”, de Cláudio Portella

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Apesar de estampar na capa as imagens e os nomes de Raul Seixas e Paulo Coelho, a história é uma recriação ficcional. Os personagens não são os mesmos. A despeito de uma ou outra ocorrência verossímil. Muitos são os personagens. E é através deles que a história é narrada. O narrador é também personagem que se envolve na trama recheada de revelações bombásticas, mistérios e intrigas. O músico e o letrista, ou as partituras e as palavras. Na dualidade o romance é construído: encerra passagens poéticas (como a do som de um triângulo que invade as alamedas do bairro) e de sexo (como a de uma mulher que morre empalada). À medida que o relato vai sendo contado (os tempos verbais alternam) pelas vozes que o compõem, o percurso da parceria ganha vida própria. E nem o autor foi capaz de domá-la. Cabe ao leitor tentar. Boa leitura e sorte. Maresia do Rock – Recriada parceria de Raul Seixas & Paulo Coelho GÊNERO Romance AUTOR Cláudio Portella EDITORA Edições CP EDIÇÃO 1ª/2019 FORMATO Brochura

RxDxP 40 anos: mais atual do que nunca

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No início da década de 80, Jão formou a Ratos de Porão, juntamente com seu primo Betinho, na bateria, e Jabá, no baixo. Com algumas alterações na formação da banda, ainda no início, Jão tocava guitarra e fazia o vocal. Mas a banda começou a se destacar com a entrada de João Gordo no vocal em 1983.  Já com o lançamento do primeiro álbum próprio de estúdio, "Crucificados Pelo Sistema" (1984), o Ratos de Porão começou a enfrentar a acusação de traição do movimento Punk, por aderirem ao Hardcore e, principalmente, pela aproximação com o Crossover e o Metal, mais evidentes nos discos posteriores, "Descanse em Paz" (1986) e "Cada Dia Mais Sujo e Agressivo", de 1987. Fato é que todos os outros discos lançados pelo Ratos de Porão são de extrema qualidade musical, transitando entre gêneros e transformando a banda em referência para muitas outras, inclusive de Punk Rock Hardcore. As letras do Ratos de Porão, são verdadeiras leituras histórico-sociais dos últimos 40

A Frequência Kirlian (2017) - Direção: Cristian Ponce

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"Essa é a Frequência Kirlian. A noite toda, todas as noites". "A Frequência Kirlian" é uma websérie em animação argentina com roteiro e direção de Cristian Ponce e que, a partir de janeiro de 2019, passou a fazer parte do catálogo da Netflix. Produzida por um grupo de amigos, "A Frequência Kirlian" tem desenhos quase que minimalistas, contando estórias de horror. O misterioso locutor narra ou escuta depoimentos de ouvintes, quase sempre histórias soturnas, bizarras e sangrentas. "A Frequência Kirlian" é um deleite para fãs de animações de Terror. Tudo acontece a noite, enquanto a rádio funciona. As tramas dos episódios, que giram entre 8 ou 10 minutos em média, vão do Terror clássico a um tipo de horror estranho, com fenômenos sobrenaturais e macabros. O locutor, personagem principal da série, deixa transparecer que Kirlian é, provavelmente, um lugar sobrenatural, não terreno, fora do mundo real e amaldiçoado.  "A Frequência Kirlian" fo

O fenômeno Mamonas Assassinas

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Antes de se tornarem nacionalmente conhecidos, Sergio Reoli, Bento Hinoto e Samuel Reoli decidiram formar uma banda, em 1989. A Utopia basicamente fazia cover de bandas nacionais, como Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Ultraje a Rigor, dentre outras.  Numa das apresentações, no Parque Cecap, no ano de 1990, o público pediu que tocassem "Sweet Child o' Mine", do Guns N'Roses. Por não saberem a letra, um dos espectadores se voluntariou para cantar. O voluntário era Alecsander Alves, o Dinho, que também não sabendo direito a letra, embromou, arrancando risos do público. A divertida performance de Dinho junto com com a Utopia, fez com que fosse integrado definitivamente no grupo. Apesar de se apresentarem pela capital paulista e pela região metropolitana, o primeiro e único disco, de 1992, da Utopia foi um fracasso. No mesmo ano a banda contou com a entrada de Júlio Rasec. Mudando o perfil, gravaram uma demo no estúdio de Rick Bonadio em 1994. Em 1995, já com novo nome

90 anos de Godard

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Nascido em Paris, em 3 de dezembro de 1930, Jean-Luc Godard, é um dos pioneiros da "Nouvelle Vague" francesa na década de 60. Godard criticou o que era considerado como definitivo e inalterável no cinema, rompendo com esta estética e privilegiando, juntamente com seus contemporâneos, a inovação e o experimental no cinema francês. O movimento iniciado por ele não bateu de frente apenas com o cinema francês, mas com uma espécie de convenção estabelecida por Hollywood de como fazer cinema. Não à toa, Godard ser considerado o cineasta francês mais radical das décadas de 60 e 70. Godard faz muitas reflexões filosóficas em seus filmes, em especial a partir de uma ótica existencialista e marxista. Muitas de suas obras são representações de conflitos humanos vistos através de uma perspectiva marxista. Embora seja considerado um dos maiores diretores da história, Godard recebeu o Oscar Honorário em 2010, mas não compareceu a cerimônia para receber o prêmio. Falar de Godard é falar da