90 anos de Godard

Nascido em Paris, em 3 de dezembro de 1930, Jean-Luc Godard, é um dos pioneiros da "Nouvelle Vague" francesa na década de 60.

Godard criticou o que era considerado como definitivo e inalterável no cinema, rompendo com esta estética e privilegiando, juntamente com seus contemporâneos, a inovação e o experimental no cinema francês. O movimento iniciado por ele não bateu de frente apenas com o cinema francês, mas com uma espécie de convenção estabelecida por Hollywood de como fazer cinema. Não à toa, Godard ser considerado o cineasta francês mais radical das décadas de 60 e 70.

Godard faz muitas reflexões filosóficas em seus filmes, em especial a partir de uma ótica existencialista e marxista. Muitas de suas obras são representações de conflitos humanos vistos através de uma perspectiva marxista.

Embora seja considerado um dos maiores diretores da história, Godard recebeu o Oscar Honorário em 2010, mas não compareceu a cerimônia para receber o prêmio.

Falar de Godard é falar da história do cinema francês e mundial. Deixar de falar dele, é deixar um vácuo. E não tem como falar de Godard, sem falar em gente que construiu a história junto com ele, como François Truffaut, Anna Karina, Jean-Pierre Léaud, Stéphane Audran, Michel Piccoli, Jean-Claude Brialy, dentre outros.

"Acossado" (1960) foi o filme que marcou definitivamente o início da carreira de Godard e de toda a estética e narrativas criadas por ele. Daí, vieram inúmeros trabalhos de destaque: "Uma Mulher é Uma Mulher" (1961), "Viver a Vida" (1962), "O Desprezo" (1963), "Alphaville" (1965), "O Demônio das Onze Horas" (1965), e mais dezenas de longas-metragens. A filmografia de Jean-Luc Godard é essencial para qualquer cinéfilo, não só pela quantidade de obras produzidas, mas pela imensa qualidade de suas obras.

Ainda ativo, Godard segue produzindo, sendo o Drama Experimental "Imagem e Palavra", de 2018, o seu último filme lançado, até o momento desta matéria.



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